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sábado, 19 de junho de 2010

Uma Crônica Qualquer...


Eu acordo, abro a janela, não enxergo a luz do dia e me pergunto como a situação chegou a esse ponto... e quem diria que ao abrir os olhos em um dia externamente ensolarado, eu enxergaria uma escuridão quase que enfinda, quase, pois havia um céu com estrelas ainda se apagando, então chego ao ponto de confundir dia com noite? ou será apenas mais um de meus rotineiros pesadelos?
Levanto por um impulso, o velho som do despertador faz minha mente começar a trabalhar.
Tenho que pegar o ônibus e ir para a escola, são 45 minutos no trajeto, vou observando a quantidade de pessoas juntas ali, cada uma com seus problemas, seus conceitos e seus pensamentos, por traz de cada rosto vários sentimentos, inclusive o de profunda tristeza... assim como a minha.
Mas nem sempre fui assim, houve um tempo em que conseguia enxergar beleza na vida, apreciar o canto dos pássaros, rir das formas das nuvens, reparar no desenho das árvores... A natureza já não faz mais sentido aos meus olhos, nada me alegra, ou impressiona, a única música que chega aos meus ouvidos é o som do silêncio que grita ecoando em minha frágil solidão.
Houve uma época em que sonhar era tão fácil, eu não precisava escavar o passado atraz de respostas para minhas perguntas que anteriormente julgava retóricas.
Hoje vivo em busca de algo que me traga felicidade, pode ser momentânea, eu não me importo, só queria poder voltar a apreciar todo este lindo universo que um dia eu amei, fazer com que a rotina não exista, tão somente, sentir meu coração voltar a pulsar, ter coragem para abrir a última carta, parar de sentir a angústia de não ter dito o último 'eu te amo'... eu sei que todos passam, ou ainda vão passar por essa dor, a dor de ver a pessoa que você mais amava neste mundo sendo lacrada em um caixão, sendo cruelmente arrancada do sopro da vida.
Difícil conter as lágrimas quando as lembranças vem ao pensamento, meus dias perderam o sentido, as horas apenas passam e esse buraco não fecha, eu preciso de alguém para me dar a mão, me aconselhar, dizer que isso vai passar, me sinto profundamente afogada nessa melancolia, e você... você pode me ajudar?

enfim algo de minha autoria,
talvez seja só um texto que a professora de redação pediu...
ou talvez ele expresse mais sobre mim, do que eu mesma consiga expressar.

Paloma Caroline.